sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

DOS COBARDES NÃO REZA A HISTÓRIA

PS quer saber “quem paga e como paga” greve dos enfermeiros

PS quer obrigar enfermeiros a divulgar financiadores da greve


“Todos os portugueses querem saber quem paga e como paga a greve cirúrgica”, diz João Paulo Correia, que vai iniciar contactos com os outros partidos para avançar com uma iniciativa legislativa.

"Saber quais são os interesses que estão por trás desta greve cirúrgica" é neste momento o objetivo do PS, que vai iniciar contactos com os outros partidos para avançar com uma iniciativa legislativa que obrigue os sindicatos a revelar quem está a financiar a paralisação do setor.

Os enfermeiros têm conseguido recolher fundos para serem pagos quando estão em greve, através de uma plataforma de crowdfunding que permite ocultar quem faz os donativos.

"A lei não obriga a plataforma a divulgar" quem doa dinheiro através de crowdfunding, sendo que cabe à ASAE a fiscalização deste mecanismo de angariação de fundos.

Mas o deputado João Paulo Correia diz que o PS quer acabar com um anonimato que abre a porta a todas as especulações: incluindo a de que pode ser o setor privado a pagar uma greve que está a afetar fortemente o SNS e a obrigar o Estado a emitir vales para que sejam os privados a fazer algumas das cirurgias adiadas pela paralisação.

"É uma interrogação que está na cabeça de todos os portugueses", admite o deputado socialista que diz que, apesar de todas as dúvidas sobre "se algo ou alguém quer atingir o SNS", o PS não vai pedir ao Ministério Público que investigue a origem do dinheiro.

"O Parlamento certamente não fará isso", afirma João Paulo Correia sobre a possibilidade de uma queixa à PGR.

De resto, os socialistas não quer ficar sozinhos nesta tentativa de desmontar o esquema de financiamento dos grevistas.

"A legislativa não pode ficar só à mercê do PS", diz o vice-presidente da bancada socialista, explicando que o seu partido vai agora "encetar o diálogo com outros grupos parlamentares".

João Paulo Correia também não quer adiantar se a solução pode passar por uma alteração à lei que acabe com o anonimato na plataforma de crowdfunding. "Há mais do que uma via para atingir esse fim", diz o deputado, que espera ouvir os contributos dos outros partidos.

Na principal plataforma de crowdfunding os enfermeiros angariaram 360 297 euros até 19 de novembro do ano passado e 423 945 euros até 28 de Janeiro, numa segunda campanha que alcançou o objetivo proposto para ter a verba necessária para pagar aos grevistas.

"Temos que continuar em luta, mas para isso é necessária a contribuição de TODOS nós, Enfermeiros e todos os Portugueses que reconheçam o valor desta classe profissional, para o fundo com o valor que vos seja possível. Sendo que seria desejável uma contribuição no valor mínimo de 20€", lê-se no site de recolha de fundos.

"Poderemos ter que, dependendo da resposta da tutela a esta nova medida, pedir a médio prazo reforço deste fundo", avisa-se no mesmo site.


Fonte: sabado.pt

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